A Revolução Russa e os seus equívocos

Francisco Martins Rodrigues

A Revolução Russa e os seus equívocos[i]

Numa situação revolucionária que estava longe de existir na Europa, o facto de a revolução russa ser conduzida pelos operários não lhe alterava o carácter burguês, etapa essa já ultrapassada na quase totalidade dos países europeus. O imperialismo acarretava na Europa a proliferação cm larga escala de forças contra-revolucionárias, levantando entraves imprevistos à revolução socialista.

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A ruptura com o PCP em 1964-1965 (3)

Francisco Martins Rodrigues

A ruptura com o PCP em 1964-1965 (3)

Uma polémica não tão antiga: o reformismo é um beco sem saída

Quando insistimos em conceber a política como um método para ganhar as massas para a ideia do derrube da ordem burguesa, o que implica promover a hegemonia do proletariado pela crítica da pequena burguesia, e portanto combater o oportunismo nas fileiras revolucionárias, e portanto construir um partido capaz de se revolucionarizar permanentemente… suscitamos o escárnio dos representantes da “esquerda moderna”. Consideram a nossa concepção da política como “sectária”, como um “esquema que já não é do nosso tempo”, responsável pelas derrotas da esquerda no passado e cuja única função seria justificar “seitas de iluminados”. Continuar a ler

A ruptura com o PCP em 1964-1965 (2)

Francisco Martins Rodrigues

A ruptura com o PCP em 1964-1965 (2)

A saída do capitalismo só pode ser encontrada pelo proletariado

A crítica de 1964 pôs o dedo na ferida do reformismo que submetia o proletariado à burguesia liberal, em nome das exigências do antifascismo. Faltou-lhe muito, porém, para ser uma plataforma comunista coerente e essa falta esteve na origem dos problemas que levaram o movimento nascente dos marxistas-leninistas a desagregar-se, duas décadas mais tarde. Continuar a ler

Notas para discussão

Francisco Martins Rodrigues

Notas para discussão

Partimos há dez anos com a convicção de iniciar a marcha para um novo partido comunista e um novo movimento comunista internacional; julgávamos que bastaria corrigir o desvio centrista que assaltara a corrente M-L para retomar os carris do leninismo e da revolução russa.

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A Internacional Comunista na Europa

Francisco Martins Rodrigues

A Internacional Comunista na Europa

A primeira coisa que salta à vista é que as perspectivas revolucionárias da Europa neste século foram simplesmente inexistentes. A luta abnegada dos comunistas europeus (é só destes que falamos aqui) serviu para obter melhorias materiais, afrouxar por vezes a canga da exploração, derrubar ditaduras… mas não acumulou forças para a revolução anticapitalista. Pelo contrário, todos reconhecem que as massas trabalhadoras, se são hoje incomparavelmente menos miseráveis e ignorantes do que no princípio do século, estão contudo mais integradas no espírito da ordem burguesa.

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Redescobrir o comunismo

Francisco Martins Rodrigues

Redescobrir o comunismo

Nem todos os que acompanham o percurso desta revista estão satisfeitos com o trabalho realizado, longe disso. Segundo alguns,  a PO, depois de certos avanços iniciais, está a patinar, quase reduzida ao papel de agitação em torno dos problemas diários.

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Notas sobre a linha sindical

Francisco Martins Rodrigues

Notas sobre a linha sindical

  1. Objeções ao trabalho sindical dos comunistas

A política comunista face aos sindicatos deve ter em conta as trans­formações do último meio-século. Havia uma luta entre a corrente sindi­cal reformista e a corrente sindical revolucionária, animada pelos co­munistas. Agora há só uma disputa entre diversas correntes reformistas rivais, alinhadas em última análise com o imperialismo ocidental ou com o sociai-imperialismo soviético. Não existe corrente sindical revo­lucionária internacional.

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Informe à 3ª Assembleia da OCPO

Francisco Martins Rodrigues

  1. Forças escassas, grandes tarefas

Desde a ruptura com o PC(R) tornou-se evidente a desproporção entre as metas que fixámos à OCPO e as forças reais de que dispú­nhamos: elaborar um programa comunista — mas com que prepara­ção teórica? ganhar raízes na vanguarda operária — mas onde estão os militantes capacitados para isso? fazer um largo trabalho de agitação e propaganda — mas que é dos meios técnicos e financeiros?

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Relatório de actividade

Francisco Martins Rodrigues

Relatório de actividade

Este primeiro ano de vida da OCPO, só por si, representa uma vitória. Saímos do PC(R) pela esquerda e mantivemos o nosso espaço: pela primeira vez em Portugal, se lançou uma revista de debate e crítica marxista.

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Notas para um colóquio

Francisco Martins Rodrigues

Notas para um colóquio

A PO está na rua – não pretendemos fazer uma festa comemorativa, mas debater com os nossos camaradas e amigos, ouvir críticas e sugestões, pedir apoio. Agradecemos a todos.

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