Fidel em entrevista

Francisco Martins Rodrigues

Numa entrevista de mais de cem horas, gravadas em Janeiro de 2003 e completadas em Dezembro de 2005, Fidel dá um testemunho vivo e apaixonante sobre a sua in­fância e juventude, os primeiros passos na acção política, o assalto ao quartel Moncada, a prisão e o julgamento, o encontro com o Che, a Sierra Maestra, a luta armada e a libertação (Fidel Castro, biografia a dos voces, Ignacio Ramonet. Editorial Debate, Madrid, 2006). Continuar a ler

Álvaro Cunhal: O prisioneiro (1949-1960)

Álvaro Cunhal, vol. III: O prisioneiro (1949-1960), J. Pacheco Pereira. Temas & Debates, Lisboa, 2005,748 pp. Leitura obrigatória para quem queira conhecer a história do PCP, o trabalho de Pacheco Pereira reú­ne neste 3o volume uma docu­mentação exaustiva sobre o perío­do de 1949 a I960, entre a prisão de Cunhal e a sua fuga do forte de Peniche.

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Anti­fascismo intuitivo

Francisco Martins Rodrigues

Militante e dirigente do Partido Comunista ao longo de dezenas de anos, durante os quais conheceu as prisões da P1DE, a clandestini­dade e o exílio, Alexandre Castanheira dá testemunho da sua vida  neste livro (Outrar-se, ou a longa invenção de mim, Alexandre Castanhcira. Campo das Letras, Porto, 2003).

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“A trincheira do comunismo nunca pode ser abandonada” (FMR)

-Hoje, 22 de Abril, faz 9 anos que faleceu Francisco Martins Rodrigues. Falar de FMR é falar de uma vida que se orientou desde cedo numa única direcção da qual nunca se afastou: a luta por uma sociedade livre de exploração em que a classe operária pudesse derrubar a burguesia, desenvolver-se e criar o seu próprio sistema de poder. Continuar a ler

“O rádio está avariado”

Entrevista de São José Almeida a FMR, 18/4/2004, jornal Público

 Francisco Martins Rodrigues voltou à Fortaleza de Peniche, agora museu, para recordar a sua passagem por aquele espaço de horror como preso político da PIDE. Uma primeira vez como militante do PCP. Depois como dirigente da FAP.

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A segunda morte de Chico Miguel

Francisco Martins Rodrigues

A morte, aos 80 anos, de Francisco Miguel Duarte, fez perder à direc­ção do PCP talvez o mais destacado sobrevivente dos seus tempos heróicos. Com 21 anos passados nas cadeias e no Tarrafal, quatro evasões audaciosas, a vida toda entregue ao partido, ele tornara-se uma figura lendária de resistente.

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Conversa não acabada

com Francisco Martins Rodrigues

Entrevista inédita da autoria de Jorge Valadas com notas de pé-de-página de FMR

— Estávamos em fins dos anos trinta em Portugal e tu tinhas dez-doze anos[1]. Vamos começar pela tua juventude, em Lisboa, a tua entrada na política e o estado da memória social em Portugal na altura. Chegaste à política um pouco pela família. O teu pai, republicano politizado, acompanhava os acontecimentos em Espanha. Na altura havia noção que a questão social acompanhava o afrontamento político? Que havia uma dimensão revolucionária nos acontecimentos em Espanha? E o papel dos anarco-sindicalistas em Portugal, era conhecido, falado? A revolta da Marinha Grande em 1934, o atentado anarquista contra o Salazar, em 1936, estes acontecimentos faziam parte da memória do momento?

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