Cartas a PA – 3

Francisco Martins Rodrigues

Carta a PA (3)

13/3/1985

Caro PA:

Tenho aguardado em vão notícias tuas. Não sei se o teu silêncio se deve só aos afazeres profissionais e familiares ou se significa que tens reservas ou discordâncias com o projecto em que nos lançámos. Agora que soube pelo MV a tua nova morada, resolvi voltar a escrever-te dando notícias. Junto cópia da carta que te enviei em 4 de Janeiro para a antiga morada e que não sei se chegaste a receber.

0 nosso projecto deu um passo em frente com a constituição dum agrupamento, em assembleia que teve lugar em Lisboa nos dias 2, 3, 9 e 10 de Março. Formámos a Organização Comunista “Política Operária” (será este o nome da revista que vamos editar) e elegemos uma direcção de sete membros, de que faço parte. Aprovámos um Manifesto, Estatutos e outros documentos que te enviarei brevemente, para tua apreciação.

0 nosso objectivo central como grupo é a edição da revista, que será mensal ou bimensal, conforme as possibilidades, e que queremos pôr na rua a curto prazo. Caso estejas de acordo com a orientação geral, de que te poderás aperceber pelos documentos que vais receber em breve, esperamos poder contar com a tua colaboração, visto que a revista não se apresenta com vínculos â organização e está aberta a todas as colaborações que se enquadrem na sua linha geral.

O ideal para nós seria que tu fosses o correspondente da revista em Londres, enviando-nos com a regularidade possível notícias e comentários sobre o movimento revolucionário e anti-imperialista em Inglaterra, transcrição de artigos aí publicados, etc. Além disso, como é evidente, gostaríamos de receber artigos teus sobre quaisquer temas dentro do âmbito da revista. Também nos interessa muito tudo o que nos possas mandar em livros, revistas, jornais, recortes, etc. Esta hipótese da tua colaboração na revista é para nos o mais importante e pedimos que nos digas se podemos contar com ela.

0 meu livro “Anti-Dimitrov” está para sair brevemente, foi custeado por uma subscrição aberta aqui entre camaradas e amigos. Como não sei se extraviou a folha de subscrição que te mandei em Janeiro, envio-te junto uma outra, para o caso de quereres e poderes contribuir. O livro será vendido a 250 escudos. Diz por favor se queres que te mande e se podes colocar aí alguns exemplares.

E por hoje é tudo. Fico a aguardar notícias tuas. Se por acaso vieres a Portugal, gostarei muito de conversar directamente contigo.

Um abraço

 

 

Cartas a PA – 2

Francisco Martins Rodrigues

Carta a PA (2)

4/1/1985

Camarada:

Estranho não ter ainda recebido resposta tua à minha carta de 22/11. Sei que me telefonaste quando eu não estava e que falaste ao telefone com o R e o V. A Ana mostrou-me o teu cartão de Boas Festas . Calculo que já estejas informado das causas principais que me levaram a abandonar o PC(R), juntamente com mais 40 camaradas. Resumidamente:

– consideramos que o 4º congresso foi muito importante por ter iniciado o corte com uma série de concepções oportunistas que têm anulado as posições revolucionárias do partido e que se exprimiram nomeadamente na perspectiva do ’’>Governo antifascista e patriótico” (1976),  na “via do 25 de Abril do povo”, na “política  de milhões”, na coligação eleitoral UDP-PSR, no apagamento do partido atrás da UDP, etc. e que deram origem as duas cisões de direita sofridas pelo partido em 1975 e 1982;

– verificámos que o CC do partido não se resolvia a levar à prática a viragem do 4º congresso e, aconselhado por outros partidos, tem continuado a procurar posições intermédias, centristas. Que não permitem um corte efectivo com o oportunismo; desde o 4º congresso, aconselhado por outros partidos, tem continuado a promover posições intermédia, centristas, que não permitem um corte efectivo com o oportunismo; desde o 4º congresso, a direita e o centro aliaram-se para isolar e expulsar a ala esquerda, “culpada” por ter feito triunfar posições de principio no congresso;

– denunciámos a gravidade extrema da situação do partido junto da classe operária (hoje quase não há van guarda operária organizada no PC(R) e Iutámos até ao fim por medidas que reforçassem as células de empresa e a implantação operaria;

– opusemo-nos enquanto pudemos ao abafamento da democracia interna no partido, que tem chegado a abusos inacreditáveis, e dissemos que o CC precisava de destruir o centralismo democrático para prosseguir na política já condenada no congresso;

 – concluímos que o 4º congresso levantou pistas para um balanço crítico profundo à linha do movimento comunista internacional desde o 7º congresso da IC, em 1935, que classificamos como centrista e fonte donde brotou o revisionismo do 20º congresso de PCUS; escrevi um documento sobre o assunto , que foi entregue ao CC antes de me demitir;

– reclamámos um debate interno sobre a política do PTA, o caso Mehmet Shehu, iniciativas da política externa da Albânia que causam estranheza (Turquia, Irão, Strauss, etc.), situação de descalabro da corrente ML internacional e política internacional do PC(R).

Esta luta ocupou-nos cerca de dois anos de debates internos em que respeitamos escrupulosamente as normas e as imposições do CC. Só saímos depois de ter esgotado todas as possibilidades de debate e de

termos recebido, como resposta às nossas críticas o impedimento do debate, acusações de “anarco-trotskismo”, sem nos darem o direito de responder perante o partido, despromoção de todos os “esquerdistas” para a base, marginalização absoluta de todos os camaradas em discordância, calúnias, etc. 0 CC só nos dava como alternativa ou calarmo-nos ou sairmos do partido. Decidimos sair porque estão em jogo questões de princípio, das quais depende a existência futura do Partido Comunista em Portugal. Não foi um passo leviano nem um abandono da luta. Chegamos à conclusão de que o PC(R) não pode já ser posto no caminho revolucionário e que a luta dos comunistas tem que prosseguir de fora, até se tornar possível a reconstituição do partido.

Em 8 de Dezembro, num encontro a que compareceram os 40 camaradas demitidos, decidimos convocar uma Assembleia para constituir um agrupamento comunista, cuja actividade central será a publicação duma revista de crítica marxista-leninista, que lance os alicerces para definir o programa, a estratégia, a táctica e os estatutos do futuro Partido Comunista. £ inevitável um período talvez longo de reagrupamento, de formação de uma corrente de ideias comunistas, que até hoje no. tem faltado e que tem sido a origem dos nossos fracassos. Não estamos dispostos a desviar-nos desta tarefa de propaganda, por muito difícil que seja.

A Comissão Preparatória nomeada no encontro de 8/12 está a preparar projectos dos documentos para aprovação da Assembleia (Manifesto–Programa, Estatutos, plano da revista, balanço da crise do PC(R), etc) c procura reunir todos os meios necessários para a concretização do projecto. Esperamos que a Assembleia possa ter lugar em princípios de Fevereiro.

Para nós, é importante saber o aue pensas tu da situação e deste projecto, se estás disposto a ligar-te a ele e em que termos. Na impossibilidade de te deslocares a Portugal (suponho), vamos enviar-te os documentos à medida que forem elaborados, pera poderes formar uma opinião e dizer-nos c que pensas deles.

Decidimos também editar em livro o documento que entreguei ao CC do PC(R) sobre c 7º congresso da IC. Pode ter uma certa no debate que queremos travar. Mando junto uma folha de subscrição que está a circular. Peço que vejas a possibilidade que tens de contribuir. e eventualmente de angariar outras contribuições. As dificuldades financeiras estão a dificultar-nos muito o avanço rápido que queremos fazer para a edição do livro e da revista.

Mando também uma cópia de uma das cartas que dirigi ao CC do partido antes de sair, para teres uma ideia maio precisa da polémica. E ainda uma fotocópia de artigos saídos na imprensa (há mais, seguem depois). Um abraço

 

Cartas a PA – 1

Francisco Martins Rodrigues

Carta a PA (1)

22/11/1984

Amigo A.

Não tenho recebido notícias tuas e não sei se me conseguiste obter alguns dos livros que te tinha pedido, é natural que as tuas ocupações não te deixem tempo para respirar, mas temos que procurar manter contacto.

Tenho uma novidade que não sei como receberás, saí do PC(R) ontem mesmo, outros camaradas, entre eles o ZB e o JME, antigos dirigentes do partido, também saíram ou foram demitidos. Não foi uma decisão leviana, como calculas, mas fomos forçados a ela pela campanha de perseguições a que vínhamos sendo sujeitos desde há ano e meio. O conflito gira à volta de nós exigirmos que se levasse à prática a viragem à esquerda decidida pelo 4º congresso, de Março 83, e o CC estar a encostar-se cada vez mais aos elementos direitistas. Actualmente, todos os elementos “esquerdistas” estavam metidos em células de base, marginalizados e sujeitos a uma série de ataques. Já não nos davam o mínimo espaço para travar uma luta interna, os atropelos ao centralismo democrático por parte do CC eram diários e, em nome do perigo de fraccionismo, impunham-se as proibições mais absurdas à discussão, mesmo só dentro das células.

Lima das coisas que mais contribuiu para a agudização do conflito era um estudo que tenho andado a fazer sobre o 7º congresso da IC, reavaliando o relatório de Dimitrov e a linha de Staline nos anos 30-50 como fontes donde nasceu o revisionismo. Consegui acabá-lo, com grande dificuldade, e ontem mesmo o entreguei ao CC, para ver se é capaz de o criticar com o mínima de seriedade. É absurdo tentar congelar a crítica rnarxista-leninista em nome dos “princípios”, como vem fazendo o CC. Está a conduzir o PC(R) a um definhamento desastroso, no que têm graves responsabilidades, na minha opinião, o PTA e o PC do Brasil.

Gostaria que lesses o meu estudo e me desses uma opinião. Eu e outros camaradas que se afastaram ou foram afastados neste processo estamos dispostos a dar corpo organizada à nossa corrente de ideias. Somos marxistas-leninistas, queremos um partido comunista em Portugal e não nos resignamos à confusão, impotência e esvaziamento de ideias a que se chegou. A acusação de “anarco-trotskismo” que nos é feita não tem pés nem cabeça.

Gostaria de saber o que pensas disto tudo e se estás disposto a continuar a corresponder-te comigo, Isso depende naturalmente da tua atitude face ao PC(R). Poderias dar opinião sobre o meu estudo e outros materiais que temos em preparação, obteres aí livros e jornais, dares-nos contactos para grupas ou organizações estrangeiras, contactares camaradas da emigração, etc. Duma coisa te posso dar a certeza; vamos fazer um trabalho sério para renovar a corrente marxista-leninista, crítico, revolucionário, e virado para os operários avançados. Vamos fazer um trabalho preparatório para reorganizar o partido comunista no nosso país.

Seja o que for que pensares do sucedido, peço que me escrevas a dar a tua opinião. Se tiveres algum dos livros de que te falei, peço que mo envies. Se pensas vir a Portugal proximamente, gostaria de conversar contigo.

Um abraço

Carta aos militantes do PC(R)

Francisco Martins Rodrigues

Carta aos militantes do PC(R)

Camarada,

Já deves ter conhecimento de que um conjunto de militantes comunistas decidiram, em assembleia realizada no início de Março, constituir um agrupamento comunista. Esta iniciativa vem no seguimento do corte que esses militantes fi­zeram com o PC(R) nos finais do ano de 84. Continuar a ler

Lettre sur le courant ML

Francisco Martins Rodrigues

Lettre sur le courant ML

Depuis notre constitution en tant que groupe indépendant il y a environ 18 mois, nous avons informé les partis ML des raisons de notre rupture avec le PC(R). Nous les avons sollicité pour en débattre et un échange de publications. Seul l’un d’entre eux nous a répondu. Continuar a ler

1985 Message to the Communist Parties

Francisco Martins Rodrigues

The newly-created Organização Comunista “Política Operária”( “Workers’ Policy” Communist Organization) takes upon itself the duty to inform the marxist-leninist organizations and parties on both the conditions under which it arose and its purposes.

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Carta ao PRC (Brasil), PC do B, PTA

Francisco Martins Rodrigues

Carta ao PRC (Brasil), PC do B, PTA

Ao Comité Central

Caros Camaradas:

No seguimento da mensagem que vos enviámos em Abril, comunican­do a constituição da Organização Comunista “Política Operária” [e propondo o estabelecimento de relações entre as nossas organizações], trazemos ao vosso conhecimento um novo episódio da degeneração ideológica do PC(R), que comprova a justeza da ruptura por nós efectua­da com esse partido. Continuar a ler

Mensagem aos partidos e organizações marxistas-leninistas

Francisco Martins Rodrigues

Lisboa, Junho de 1985

Ao constituir-se, a Organização Comunista “Política Operária” considera seu dever dirigir-se aos partidos e organizações marxistas-leninistas, para os informar sobre as condições em que surgiu e dos objectivos que pretende alcançar.

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1º tema de estudo: A experiência do PC(R) e da corrente ML em Portugal

Francisco Martins Rodrigues

(Circular redigida por FMR em preparação para o debate da reunião da OCPO de 16 de Junho de 1985. As teses 1 e 2 ficaram a cargo de FMR e foram publicadas aqui ontem e anteontem.)

1º tema de estudo: A experiência do PC(R) e da corrente ML em Portugal

  1. O corte com o PCP
  2. O período dos grupos (1965-1974)
  3. A unificação dos grupos (1974—1975)
  4. A estratégia de revolução em Portugal
  5. 0 PC(R) e o movimento ML internacional
  6. A frente única operária e o PCP
  7. Política sindical
  8. Trabalho de frente: a UDP e o MUP (movimento de unidade popular)
  9. Trabalho de frente: UMAR, UJCR, etc.
  10. A via do 25 de Abril do povo
  11. Táctica eleitoral
  12. Trabalho camponês
  13. Política internacional
  14. A célula de empresa
  15. Trabalho na emigração
  16. Autodefesa
  17. Centralismo democrático
  18. Formação ideológica
  19. Imprensa
  20. Luta interna: da revolucionarização à 1ª fracção
  21. Da “política de milhões” à 2ª fracção
  22. Luta interna: o 4º congresso e o saneamento da esquerda

Necessita-se de uma apreciaçao política sintética, de preferência em teses curtas, que não vá além de uma a duas páginas para cada um dos pontos;

  • todos os camaradas são livres de escrever notas e projectos de teses sobre qualquer dos pontos, entregando-as ao respectivo responsável;
  • não há grupos de estudo estruturados; todos os camaradas poder debater e trocar ideias sobre os portos em que estão interessados;
  • o acompanhamento à realização do trabalho será feito em cada núcleo e será coordenado pela comissão de estudo designada pela direcção;
  • prazos: recolha das teses provisórias pela comissão – 25 Maio;
  • distribuição do conjunto das teses para estudo – 2 Junho;
  • debate geral – 16 Junho.
  1. Podia-se travar luta interna? Foi um corte ML ou pequeno-burguês? Porquê a FAF? Porquê a FAF antes do CMLP? Foi um mero reflexo da polémica internacional?
  2. Porquê a dispersão grupista? Qual a sua base de classe? Por onde passavam as divergências entre os grupos? Pode-se dizer que alguns grupos eram mais espontaneístas e outros mais teoricistas?
  3. Porque se impôs a unificação nesta altura? Porque prevaleceu a unificação orgânica sobre o debate duma linha geral? Era inevitável formar a UDP antes do Partido? O 1º Congresso do PC(R).
  4. Foi justo analisar o capitalismo português no quadro da dependência face ao imperialismo? Devia-se ter dito que contradição principal era entre proletariado e burguesia? Donde nasceu a necessidade de definir uma revolução democrática popular?
  5. A intervenção de Arruda na vida do PC(R). Posição perante o PC China: política externa, revolução cultural, maoísmo. Alinhamentos com o PTA depois do conflito sino-albanês e relações com partidos ir­mãos.
  6. Que política foi seguida para separar a base do PCP da sua dire­cção? Base social do PCP, da teoria do grupelho ate às definições do 4º Congresso. Exemplos de frente única pela base, lições a retirar.
  7. Foi justa a dissolução da “Tribuna Operária”? Foi justo o Encontro Sindical da Baixa da Banheira em nome da UDP? Que balanço fazer do Centro “O Trabalho”? Balanço à nossa intervenção nas eleições sindicais e dos CRTs.
  8. A UDP como frente vermelha: havia outra solução? Como explicar a vitalidade da UDP em 76-77? A experiência dos GDUPs: sectarismo ou oportunismo? Análise à intervenção parlamentar da UDP. Remodelação da estrutura em 79. Conferência das Frentes em 84. Que representa ho­je a UDP?
  9. Havia uma base para formar a UMAR e a UJCR em 76 ou a sua formação nfraqueceu o Partido? Oscilações quanto à base de classe das duas frentes, As duas fracções de direita tiveram terreno mais favorável nestas duas frentes. Porquê? As Amizades. A dissolução da AEPPA e da FAPIR.
  10. Desvio de centro ou de direita? Ocultava a estratégia ou substituía-se a ela? Efeitos sobre o trabalho operário. As ambiguidades da rejeição do 25 de Abril do povo no 4º congresso.
  11. Eleições legislativas 76. Campanha Otelo 75, etc. Proposta de listas únicas da oposição em 79. As presidenciais de 80.
  12. A política do PC( R) perante a Reforma Agrária. Nordeste – Encontro das Vindimas em 78 e causas do descalabro que se seguiu. Madeira – a luta contra a colonia.
  13. O trimundismo e o papel atribuído às burguesias nacionais. a teoria da igualdade dos dois imperialismos. A luta contra a NATO, A questão da Polónia em 79. O Irão.
  14. O esvaziamento das grandes células de empresa em 76. Organização do Partido na Lisnave, Setenave, Siderurgia, Quimigal, etc. As células de empresa, órgãos políticos ou de luta sindical? O peso das células de empresa na organização global do Partido.
  15. ?
  16. ??
  17. Alterações aos Estatutos e às concepções de centralismo democrá­tico depois do 2º Congresso. Relações entre os diversos escalões do Partido e o duplo direito de voto. A evolução do conceito de monolitismo. Proibição da polémica, como origem do desaparecimento da iniciativa da base.
  18. Por que é que o Partido nunca teve produção teórica própria? Balanço aos cursos e às edições de formação. O livro “Questões da doutrina marxista-leninista” (o livro da capa preta). Manifestos, estilo e linguagem. Jornais de empresa, etc.
  19. Voz do Povo”, 1ª e 2ª fase. O “25 de Abril do povo”. “Bandeira Vermelha” – a tentativa de renovação de 79. Difusão.
  20. Era ou não preciso triturar a estrutura caciquista herdada dos grupos? Pode-se dizer que isso foi utilizado para iludir a necessidade de democratizar o Partido? Era admissível mudar o Comité Central à margem do Congresso?As reuniões de quadros e a “autocrítica” do 3º congresso. A Promoção Staline, consequências e As teses do 3º congresso na origem da fracção Melro-Amadeu.
  21. As três alas no Até que ponto foram justos os compromissos? 0 arrastamento do processo de ruptura foi fruto de ilusões na possibilidade dum 5º Congresso? Posição actual dos comunistas ace ao PC(R).

(Circular redigida por FMR levantando interrogações, em preparação para o debate da reunião da OCPO de 16 de Junho de 1985. A redacção e apresentação das teses 1 e 2 ficaram a cargo de FMR.)